Renée Pereira
O Consórcio TAV Brasil, inicialmente conhecido como o grupo coreano que disputará a licitação do trem-bala entre Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, poderá ter o reforço de um sócio financeiro. A empresa assinou um compromisso com um fundo de investimento criado pela EDLP (Estação da Luz Participações), que deverá ser gerido pelo Credit Suisse.
O negócio ainda dependerá da conclusão de uma espécie de due diligence (auditoria) no projeto de engenharia do empreendimento. O fundo já está em fase de road show pelo mundo para captar investidores para o projetos, que custará (oficialmente) em torno de R$ 33 bilhões. Procurado, o presidente da EDLP não quis se pronunciar.
“Se o negócio for concretizado, será um grande avanço para fazermos nossa proposta”, afirma o presidente da Trends, Paulo Benites, representante do consórcio que pretende construir o trem de alta velocidade — o TAV.
A expectativa é que a entrega dos lances para o trem-bala brasileiro seja no dia 11 de julho e a abertura dos envelopes, dia 29, conforme o calendário do governo.
No início, até a primeira prorrogação em dezembro do ano passado, o TAV Brasil contava com 12 empresas coreanas e nove brasileiras (CR Almeida, Constran, Engesa, UTC e SA Paulista, entre outras). Com os adiamentos, algumas companhias desistiram do processo, especialmente as construtoras coreanas. Hoje o consórcio está equilibrado: nove companhias brasileiras e nove coreanas. Mas a tendência é ele ficar mais nacional.